A Valve disponibilizou finalmente uma versão beta do Steam que funciona de forma nativa nos Macs com processadores M1, M2 e M3, pondo fim à dependência do Rosetta 2, a camada de tradução da Apple que permitia correr aplicações Intel em Macs ARM. Esta mudança era há muito pedida pela comunidade, desde o lançamento dos primeiros Macs com Apple Silicon em 2020.
Ganhos de desempenho: adeus à sobrecarga da tradução
Com esta nova versão, o Steam deixa de estar limitado pelos constrangimentos de desempenho causados pela emulação. A interface, baseada em Chromium, era especialmente afetada, tornando tarefas simples como alternar entre separadores lentas e pouco fluidas. Agora, tudo corre diretamente no hardware Apple Silicon, proporcionando uma navegação muito mais rápida e responsiva.
Os utilizadores podem aceder à beta nas definições do Steam, ativando a opção “Steam Beta Update” e reiniciando a aplicação. Para confirmar que estão a usar a versão nativa, basta abrir o Monitor de Atividade e verificar se o Steam aparece como “Tipo: Apple” em vez de “Tipo: Intel”.
O fim da era Intel na Apple cria urgência
A decisão da Valve surge num momento estratégico: a Apple confirmou na WWDC que o macOS Tahoe será o último a suportar Macs Intel, e que o Rosetta 2 será descontinuado a partir do macOS 28, previsto para 2027. Apenas uma versão limitada do Rosetta continuará disponível para jogos antigos. Esta transição obriga as empresas a adaptarem as suas aplicações para garantir compatibilidade futura.
Cinco anos de espera recompensados
Este lançamento faz do Steam a única plataforma de gaming ARM pública para Mac, respondendo a anos de pedidos dos utilizadores. Apesar dos avanços, os jogos exclusivos de Windows continuam a necessitar de ferramentas de emulação para correrem em Mac, mas a experiência de utilização do Steam dá agora um salto qualitativo.